Cada mordida é um orgasmo. Não o sexual, mas melhor. É sensual, animal, é primitivo. Aquele gosto entorpecente que me vicia, que faz minha boca implorar por mais. Quero mais. Quero minha mandíbula rangendo, quero sentir e ouvir a cópula alimentícia dos meus dentes. Minha língua molhada, sedenta por trabalho, roçar na comida. Meu estômago rugir impropérios pornográficos: ele quer ser penetrado.
E em pensar que no fim tudo vira merda...