Quero que as forças das águas invadam tudo. Acabem com tudo com seu poder de destruição. Quero ver sangue. Quero enchentes, tempestades, enxurradas, alagamentos e afogamentos. Minha alma afogada. As ruas se transformarem em rios perenes e as escadas em cachoeiras impetuosas. Eu quero o fim. Porque com o fim vem o recomeço.
Recomecemos então. Vejam o rastro de brilho e esquecimento que a água deixou. Agora está tudo limpo para se começar de novo. Não há mais lixo, obstáculos, esgotos, memórias desagradáveis e toda aquela imundice de outrora. Não há pessoas, está tudo vazio novamente. Vamos limpar a casa, reorganizar os móveis, tirar o que não presta mais e o que nunca prestou. Façamos uma festa de inauguração. Convidem quem quiser. Vamos nos divertir, agora que está tudo purificado.
Mas eu não tenho água.
Apenas tenho a sede.
3 comentários:
NOSSA, gamei no seu final *-* senti furia, senti esperança, e senti frustração no seu texto. Parabéns, Luke...muito bom (:
http://manchadepanda.blogspot.com/
nossa, parece que eu vivo numa sintonia com esse teu blog. ou contigo, sei lá.
"Porque com o fim vem o recomeço"
gostei muito dessa parte.
adoro o que tu escreve.
beijo :*
adorei o final "Mas eu não tenho água. Apenas tenho a sede", falando sobre nao ter essa possibilidade de renovação, mas continuar tendo esperanças (:
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